18/07/2007

Parábola

De repente me vi sob a mira de um revolver
Vi o momento que o cão morde a espoleta
E a bala que viaja a saleta.
Que ao me atingir tudo ao redor se dissolve.

Na velocidade que a pequena bala,
Impetuosamente fura minha carne
Posso ver meu próprio corpo
Já sem vida caído morto.

Começo então meu corpo balançar
Na inútil tentativa de me despertar
Já sem forças ao meu lado me deito
E de frente para mim, olho meu rosto.

Tudo isso eu vivi e morri
Quando tu louca insististe em partir,
A bala são suas palavras que ainda posso sentir
Tudo isso... Eu vivi e morri.

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